Wednesday, November 22, 2006

O seguinte comunicado foi enviado por email pelo Departamento de Comunicação e Relações Públicas da Embaixada de Israel no Brasil, hoje, dia 22/11/06. Achei que valia a pena dividir com vocês.

"ARTILHARIA PALESTINA AMEAÇA SEGURANÇA DOS CIDADÃOS ISRAELENSES

Desde a execução do Plano de Desengajamento da Faixa de Gaza, no verão passado, 1.201 dos quase 1.500 foguetes de artilharia Kassam, disparados até 15 de novembro de 2006, pelos palestinos contra civis israelenses próximos à Faixa de Gaza, caíram em Israel. Isso inclui foguetes de longo alcance, que podem alcançar a cidade portuária de Ashkelon, a mais de 13 km (8 milhas) da fronteira de Gaza. Os ataques palestinos resultaram na morte de sete israelenses, um trabalhador estrangeiro, dois civis palestinos e mais de 100 pessoas ficaram feridas.

Estoque de armamentos

O diretor da Agência de Segurança de Israel, Yuval Diskin, informou no último dia 14 de novembro, para a segurança do Knesset (Parlamento) e o Comitê de Política Externa, que desde o Desengajamento, os palestinos contrabandearam para a Faixa de Gaza, os seguintes armamentos:

- 33 toneladas de explosivos de uso militar de alto poder de destruição
- 20.000 rifles de assalto
- 3.000 pistolas
- 6.000.000 de cartuchos de armas pequenas
- 38 mísseis de longo alcance
- 12 mísseis anti-aéreos (para serem disparados do ombro)
- 95 lançadores de foguete anti-tanque
- 410 foguetes anti-tanque
- 20 mísseis anti-tanque de precisão

Além disso, entre 50 e 70 milhões de dólares americanos foram contrabandeados para Gaza, a fim de financiar as operações terroristas do Hamas.

Ataques terroristas e atentados suicidas

Os grupos terroristas palestinos em Gaza têm intensificado, ultimamente, suas tentativas de efetuar ataques de larga escala contra os centros populacionais de Israel. Uma tática usada recentemente é a de infiltrar terroristas, tirando vantagem do humanitarismo de Israel, ao permitir que os palestinos entrem no País, para receber tratamento médico.

Em um destes casos, no dia 7 de março de 2006, Samih Haddad, de 21 anos e residente em Zeitun, na Faixa de Gaza, foi preso na Passagem de Erez, ao tentar entrar em Israel usando documentos médicos falsificados, o que permitiria que ele recebesse tratamento médico em uma clínica israelense. Durante o interrogatório, ele admitiu que foi recrutado pela Jihad Islâmica, que lhe forneceu documentos médicos falsos e o instruiu a infiltrar-se em Israel, onde receberia uma arma automática para efetuar um ataque terrorista.

Outra tática usada é a exploração da fronteira pacífica entre Israel e Egito, no Sinai, para infiltrar terroristas da Faixa de Gaza para Israel, com o objetivo de realizar ataques suicidas. No dia 8 de fevereiro de 2006, por exemplo, dois terroristas da Jihad Islâmica que chegaram da Faixa de Gaza, foram presos no Negev (sul de Israel). Um dos terroristas tinha 17 anos e estava vestindo um colete com explosivos, o outro era seu acompanhante. Eles entraram em Israel via Sinai, para tentar efetuar um ataque suicida contra civis em Jerusalém.

Em outra tentativa frustrada, no dia 11 de junho de 2006, dois terroristas palestinos de Gaza foram presos tentando cruzar a fronteira Israel-Egito, no sul de Gaza. Um dos terroristas, Ibrahim Majdoub, foi enviado pelo Comitê de Resistência Popular (C.R.P.), para assassinar soldados israelenses perto de Tel Aviv, esconder seus corpos em um pomar e depois enviar seus documentos por fax para o C.R.P. em Gaza, para dizer que tinham sido seqüestrados e tentar negociar concessões. O outro terrorista, Muhammed Assan deveria cometer um atentado suicida com arma e granada em uma cidade israelense.

Exploração de civis

Além da tática geralmente usada de se posicionar entre as casas dos civis palestinos e lançar foguetes a partir das áreas de grande densidade populacional, os terroristas palestinos estão agora, cada vez mais, mobilizando civis para protegê-los das operações antiterroristas de Israel. Em uma ação recente, em 3 de novembro de 2006, um grupo de terroristas se escondeu na mesquita de al-Nasr, em Beit Hanoun. Quando tropas israelenses cercaram a mesquita e mandaram os terroristas se render, eles foram recebidos à fogo. Logo, uma procissão de aproximadamente 200 mulheres vestindo véu e com trajes tradicionais chegaram à mesquita, chamadas pelos terroristas que estavam no interior da mesquita. Os terroristas então conseguiram escapar, misturando-se às mulheres, alguns até usando vestimentas femininas.

Outro evento semelhante ocorreu em 18 de novembro, minutos após as Forças de Defesa de Israel avisarem aos residentes de Beit Lahiya que um ataque antiterrorista seria realizado contra a residência de Muhammed Baroud (comandante das operações de foguetes kassam do C.R.P). A advertência israelense foi dada, a fim de evitar ataques contra civis durante a operação que seria deflagrada. Baroud rapidamente conclamou centenas de palestinos, incluindo mulheres e crianças, e fez com que eles cercassem o prédio. A operação antiterrorista de Israel teve de ser cancelada, devido a proximidade dos civis - demonstrando claramente que Israel dá mais valor à vida do que os terroristas."




O seguinte texto é um trecho da reportagem da Veja do dia 8/11/06, chamada "O Conselho dos Direitos Islâmicos", assinada pelo jornalista Thomaz Favarro.

"Criada em 1946, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas foi tomada pelos representantes das piores ditaduras e virou uma farsa. (...)

Como as vagas foram distribuídas proporcionalmente por regiões do globo, sem levar em conta os critérios de respeito aos direitos humanos, o conselho tornou-se um simulacro, na esfera diplomática, do conflito global. De um lado estão as democracias - Japão, Canadá e países da União Européia -, com onze cadeiras. Do outro lado, os países muçulmanos que somam seus votos com Cuba e outras ditaduras da África e da Ásia para barrar qualquer resolução que condene atos de desrespeito aos direitos humanos, exceto, evidentemente, aqueles cometidos por Israel. (...)

Entre as resoluções que já foram barradas está a que condenava a guerra em Darfur, no Sudão, país governado por fanáticos isâmicos, que matou 200.000 pessoas em 2003. A resolução contra a guerra civil no Sri Lanka, que já dura mais de 2 décadas, também foi derrubada. Os membros europeus do conselho têm tentado colocar em discussão as denúncias de tortura no Uzbequistão e a dupla pena de morte no Irã - punição que insiste em enforcar um condenado, retirá-lo da corda pouco antes de morrer e depois enforcá-lo de vez. (...)

O conselho tem-se mostrado mais eficaz em atazanar Israel. O país esteve na pauta de todas as reuniões da entidade até agora. Duas delas foram convocadas especialmente para aprovar resoluções condenando os israelenses por violações de direitos humanos nos territórios palestinos e no Líbano. O documento final sobre a guerra no Líbano omitiu o fato de que o conflito começou com uma resposta de Israel a ataques do grupo terrorista libanês Hezbollah.(...)

Friday, November 17, 2006

Semana passada vi no supermercado duas crianças, de no máximo 10 anos cada, fazendo compras sozinhos. Iam com uma listinha na mão dividindo as tarefas entre si e enchendo o carrinho de produtos. Fiquei envergonhado em imaginar que duas crianças israelenses, que nem Bar Mitzva fizeram ainda, já tem, provavelmente, mais experiência que eu em fazer as compras do dia a dia do lar sozinhos.

Essa cena pode parecer um tanto surpreendedora, mas não é nem um pouco rara por aqui. É muito comum ver nas ruas de qualquer cidade grande de Israel, crianças com mais de 8 anos pegando ônibus de rua sozinhas pra voltar pra casa do colégio. Certa vez, voltando de Eilat a Jerusalem de ônibus (mais de 4 horas de viagem), vi um pai "entregando" 3 crianças ao motorista dizendo que elas saltariam no ponto final. O mais velho, devia ter uns 9, era responsável pelo de 6. Tocaram uma zona fudida, é verdade, mas chegaram tranquilamente e da estação em Jerusalem se viraram pros seus destinos. Me lembro perfeitamente, que no meu terceiro ano do segundo grau do colégio, eu tinha uma amiga que a mãe ainda não deixava pegar ônibus sozinha pra voltar pra casa. Era taxi ou motorista. Ok, pode ser uma exceção, mas será que é tão distante assim da realidade?

Minhas primas israelenses, quando estão no Brasil, ficam extremamente incomodadas com o fato de que a empregada é responsável por tudo em casa: lavar, cozinhar, limpar, arrumar etc. Elas fazem questão de ajudar na cozinha, arrumar suas próprias camas e coisas desse tipo. Aqui não existe a cultura da empregada. No máximo uma faxineira uma vez por semana pra fazer a faxina pesada da casa. E assim o povo vai se educando.

E o Brasil continua engatinhando...

Monday, November 13, 2006

Entrei na ioga. 2 vezes por semana, um minuto de casa, uma maravilha. É o primeiro esporte (?!?!?!) que faço desde que cheguei em Israel. Minha coluna tem agradecido.
No mais, tenho curtido a fase de montagem do apê e, principalmente, venho descobrindo meus dotes culinários! Na semana passada recebemos as visitas do Victor, Nelsinho e Juliano mineiro pro nosso primeiro jantar. Não sou homem de dar receita pelo blog, mas as fotos estão aí pra provar.




No último fim de semana fui a um restaurante legitimamente árabe num vilarejo chamado Ein Od, perto de Haifa. Digo legitimamente, porque não era um restaurante árabe qualquer, desses que se encontra em cada esquina de Jerusalém, onde você senta e eles te empanturram de pita e humus até você pedir arrego. O restaurante servia em torno de 20 pratos em pequenas porções. Digamos que era o suficiente pra se conhecer de quase tudo que a culinária árabe é capaz. E é capaz!
No mesmo dia, fomos a um concerto de música clássica no centro cultural que é aqui do lado de casa. O concerto era grátis pros assinantes da Cinemateca, então lá fomos nós. Aos poucos vamos aproveitando as coisas da cidade. Conhecemos a orquestra sinfônica de Haifa e assistimos a um concerto em Israel, que era vontade antiga.