Wednesday, November 22, 2006

O seguinte comunicado foi enviado por email pelo Departamento de Comunicação e Relações Públicas da Embaixada de Israel no Brasil, hoje, dia 22/11/06. Achei que valia a pena dividir com vocês.

"ARTILHARIA PALESTINA AMEAÇA SEGURANÇA DOS CIDADÃOS ISRAELENSES

Desde a execução do Plano de Desengajamento da Faixa de Gaza, no verão passado, 1.201 dos quase 1.500 foguetes de artilharia Kassam, disparados até 15 de novembro de 2006, pelos palestinos contra civis israelenses próximos à Faixa de Gaza, caíram em Israel. Isso inclui foguetes de longo alcance, que podem alcançar a cidade portuária de Ashkelon, a mais de 13 km (8 milhas) da fronteira de Gaza. Os ataques palestinos resultaram na morte de sete israelenses, um trabalhador estrangeiro, dois civis palestinos e mais de 100 pessoas ficaram feridas.

Estoque de armamentos

O diretor da Agência de Segurança de Israel, Yuval Diskin, informou no último dia 14 de novembro, para a segurança do Knesset (Parlamento) e o Comitê de Política Externa, que desde o Desengajamento, os palestinos contrabandearam para a Faixa de Gaza, os seguintes armamentos:

- 33 toneladas de explosivos de uso militar de alto poder de destruição
- 20.000 rifles de assalto
- 3.000 pistolas
- 6.000.000 de cartuchos de armas pequenas
- 38 mísseis de longo alcance
- 12 mísseis anti-aéreos (para serem disparados do ombro)
- 95 lançadores de foguete anti-tanque
- 410 foguetes anti-tanque
- 20 mísseis anti-tanque de precisão

Além disso, entre 50 e 70 milhões de dólares americanos foram contrabandeados para Gaza, a fim de financiar as operações terroristas do Hamas.

Ataques terroristas e atentados suicidas

Os grupos terroristas palestinos em Gaza têm intensificado, ultimamente, suas tentativas de efetuar ataques de larga escala contra os centros populacionais de Israel. Uma tática usada recentemente é a de infiltrar terroristas, tirando vantagem do humanitarismo de Israel, ao permitir que os palestinos entrem no País, para receber tratamento médico.

Em um destes casos, no dia 7 de março de 2006, Samih Haddad, de 21 anos e residente em Zeitun, na Faixa de Gaza, foi preso na Passagem de Erez, ao tentar entrar em Israel usando documentos médicos falsificados, o que permitiria que ele recebesse tratamento médico em uma clínica israelense. Durante o interrogatório, ele admitiu que foi recrutado pela Jihad Islâmica, que lhe forneceu documentos médicos falsos e o instruiu a infiltrar-se em Israel, onde receberia uma arma automática para efetuar um ataque terrorista.

Outra tática usada é a exploração da fronteira pacífica entre Israel e Egito, no Sinai, para infiltrar terroristas da Faixa de Gaza para Israel, com o objetivo de realizar ataques suicidas. No dia 8 de fevereiro de 2006, por exemplo, dois terroristas da Jihad Islâmica que chegaram da Faixa de Gaza, foram presos no Negev (sul de Israel). Um dos terroristas tinha 17 anos e estava vestindo um colete com explosivos, o outro era seu acompanhante. Eles entraram em Israel via Sinai, para tentar efetuar um ataque suicida contra civis em Jerusalém.

Em outra tentativa frustrada, no dia 11 de junho de 2006, dois terroristas palestinos de Gaza foram presos tentando cruzar a fronteira Israel-Egito, no sul de Gaza. Um dos terroristas, Ibrahim Majdoub, foi enviado pelo Comitê de Resistência Popular (C.R.P.), para assassinar soldados israelenses perto de Tel Aviv, esconder seus corpos em um pomar e depois enviar seus documentos por fax para o C.R.P. em Gaza, para dizer que tinham sido seqüestrados e tentar negociar concessões. O outro terrorista, Muhammed Assan deveria cometer um atentado suicida com arma e granada em uma cidade israelense.

Exploração de civis

Além da tática geralmente usada de se posicionar entre as casas dos civis palestinos e lançar foguetes a partir das áreas de grande densidade populacional, os terroristas palestinos estão agora, cada vez mais, mobilizando civis para protegê-los das operações antiterroristas de Israel. Em uma ação recente, em 3 de novembro de 2006, um grupo de terroristas se escondeu na mesquita de al-Nasr, em Beit Hanoun. Quando tropas israelenses cercaram a mesquita e mandaram os terroristas se render, eles foram recebidos à fogo. Logo, uma procissão de aproximadamente 200 mulheres vestindo véu e com trajes tradicionais chegaram à mesquita, chamadas pelos terroristas que estavam no interior da mesquita. Os terroristas então conseguiram escapar, misturando-se às mulheres, alguns até usando vestimentas femininas.

Outro evento semelhante ocorreu em 18 de novembro, minutos após as Forças de Defesa de Israel avisarem aos residentes de Beit Lahiya que um ataque antiterrorista seria realizado contra a residência de Muhammed Baroud (comandante das operações de foguetes kassam do C.R.P). A advertência israelense foi dada, a fim de evitar ataques contra civis durante a operação que seria deflagrada. Baroud rapidamente conclamou centenas de palestinos, incluindo mulheres e crianças, e fez com que eles cercassem o prédio. A operação antiterrorista de Israel teve de ser cancelada, devido a proximidade dos civis - demonstrando claramente que Israel dá mais valor à vida do que os terroristas."




O seguinte texto é um trecho da reportagem da Veja do dia 8/11/06, chamada "O Conselho dos Direitos Islâmicos", assinada pelo jornalista Thomaz Favarro.

"Criada em 1946, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas foi tomada pelos representantes das piores ditaduras e virou uma farsa. (...)

Como as vagas foram distribuídas proporcionalmente por regiões do globo, sem levar em conta os critérios de respeito aos direitos humanos, o conselho tornou-se um simulacro, na esfera diplomática, do conflito global. De um lado estão as democracias - Japão, Canadá e países da União Européia -, com onze cadeiras. Do outro lado, os países muçulmanos que somam seus votos com Cuba e outras ditaduras da África e da Ásia para barrar qualquer resolução que condene atos de desrespeito aos direitos humanos, exceto, evidentemente, aqueles cometidos por Israel. (...)

Entre as resoluções que já foram barradas está a que condenava a guerra em Darfur, no Sudão, país governado por fanáticos isâmicos, que matou 200.000 pessoas em 2003. A resolução contra a guerra civil no Sri Lanka, que já dura mais de 2 décadas, também foi derrubada. Os membros europeus do conselho têm tentado colocar em discussão as denúncias de tortura no Uzbequistão e a dupla pena de morte no Irã - punição que insiste em enforcar um condenado, retirá-lo da corda pouco antes de morrer e depois enforcá-lo de vez. (...)

O conselho tem-se mostrado mais eficaz em atazanar Israel. O país esteve na pauta de todas as reuniões da entidade até agora. Duas delas foram convocadas especialmente para aprovar resoluções condenando os israelenses por violações de direitos humanos nos territórios palestinos e no Líbano. O documento final sobre a guerra no Líbano omitiu o fato de que o conflito começou com uma resposta de Israel a ataques do grupo terrorista libanês Hezbollah.(...)

Friday, November 17, 2006

Semana passada vi no supermercado duas crianças, de no máximo 10 anos cada, fazendo compras sozinhos. Iam com uma listinha na mão dividindo as tarefas entre si e enchendo o carrinho de produtos. Fiquei envergonhado em imaginar que duas crianças israelenses, que nem Bar Mitzva fizeram ainda, já tem, provavelmente, mais experiência que eu em fazer as compras do dia a dia do lar sozinhos.

Essa cena pode parecer um tanto surpreendedora, mas não é nem um pouco rara por aqui. É muito comum ver nas ruas de qualquer cidade grande de Israel, crianças com mais de 8 anos pegando ônibus de rua sozinhas pra voltar pra casa do colégio. Certa vez, voltando de Eilat a Jerusalem de ônibus (mais de 4 horas de viagem), vi um pai "entregando" 3 crianças ao motorista dizendo que elas saltariam no ponto final. O mais velho, devia ter uns 9, era responsável pelo de 6. Tocaram uma zona fudida, é verdade, mas chegaram tranquilamente e da estação em Jerusalem se viraram pros seus destinos. Me lembro perfeitamente, que no meu terceiro ano do segundo grau do colégio, eu tinha uma amiga que a mãe ainda não deixava pegar ônibus sozinha pra voltar pra casa. Era taxi ou motorista. Ok, pode ser uma exceção, mas será que é tão distante assim da realidade?

Minhas primas israelenses, quando estão no Brasil, ficam extremamente incomodadas com o fato de que a empregada é responsável por tudo em casa: lavar, cozinhar, limpar, arrumar etc. Elas fazem questão de ajudar na cozinha, arrumar suas próprias camas e coisas desse tipo. Aqui não existe a cultura da empregada. No máximo uma faxineira uma vez por semana pra fazer a faxina pesada da casa. E assim o povo vai se educando.

E o Brasil continua engatinhando...

Monday, November 13, 2006

Entrei na ioga. 2 vezes por semana, um minuto de casa, uma maravilha. É o primeiro esporte (?!?!?!) que faço desde que cheguei em Israel. Minha coluna tem agradecido.
No mais, tenho curtido a fase de montagem do apê e, principalmente, venho descobrindo meus dotes culinários! Na semana passada recebemos as visitas do Victor, Nelsinho e Juliano mineiro pro nosso primeiro jantar. Não sou homem de dar receita pelo blog, mas as fotos estão aí pra provar.




No último fim de semana fui a um restaurante legitimamente árabe num vilarejo chamado Ein Od, perto de Haifa. Digo legitimamente, porque não era um restaurante árabe qualquer, desses que se encontra em cada esquina de Jerusalém, onde você senta e eles te empanturram de pita e humus até você pedir arrego. O restaurante servia em torno de 20 pratos em pequenas porções. Digamos que era o suficiente pra se conhecer de quase tudo que a culinária árabe é capaz. E é capaz!
No mesmo dia, fomos a um concerto de música clássica no centro cultural que é aqui do lado de casa. O concerto era grátis pros assinantes da Cinemateca, então lá fomos nós. Aos poucos vamos aproveitando as coisas da cidade. Conhecemos a orquestra sinfônica de Haifa e assistimos a um concerto em Israel, que era vontade antiga.

Tuesday, October 31, 2006

Depois de um longo e tenebroso verão, volto a escrever. Desde ontem, passo a ter internet novamente, dessa vez em definitivo na minha nova casa. Isso mesmo! Já tenho uma casa e sou um dos mais novos moradores de Haifa. Aqui vão alguns dados da cidade:

População: 267.000
Judeus e outros: 241.500 (90,4%)
Árabes: 25.500 (9,6%)
0-17 anos: 58.900 (22,1%)
18-65 anos: 159.900 (59,9%)
+65 anos: 48.200 (18%)
Área municipal de jurisdição: 64,6 km2
Imigrantes desde 1990: 65.700
*Os dados são do site da prefeitura de Haifa

Haifa se localiza no norte de Israel, uma hora a norte de Tel Aviv e uma hora e meia a sul de Beirute, embora poucos tenham se aventurado a esse trajeto ultimamente.Apesar disso, a cidade é famosa por manter boas relações entre seus cidadãos árabes e judeus. Lembra o Rio de Janeiro pelo lindo contraste praia-montanha, embora aqui, a parte mais nobre da cidade esteja localizada na cidade alta e a mais antiga e menos favorecida se localize na cidade baixa.

Voltamos a Israel a exatas duas semanas e encaramos uma maratona de faxina pesada na primeira semana. Nada como arrumar sua própria casinha... Depois disso, algumas compras pra casa feitas, algumas burocracias resolvidas, outras ainda não, stresses com a proprietária e pronto! Estamos instalados. E muito felizes! Agora chega de papo. Vamos as fotos do ap semi-montado.

O quarto


A varanda


A sala


A sala de novo


A cozinha


A sala de jantar


A vista dos fundos, infelizmente

Sunday, October 01, 2006

Aqui vai um artigo do meu pai sobre Yom Kipur (dia do perdão). Foi publicado na última “Quinzena da ARI”. Leiam. É muito bom. Fala sobre o livro de Jonas que é lido na tarde de Yom Kipur. Chatimá Tová.

JONAS

O livro de Jonas surpreende pela simplicidade linear da trama e pela linguagem nem um pouco rebuscada ou poética. Quatro breves capítulos, num dos livros mais curtos do Tanach, contam uma fábula que parece mais apropriada para um livro infantil do que para um compêndio de leis de comportamento.

Jonas é um profeta que não profetiza. Tal como Moisés e Jeremias ele discute com Deus, mas diferente deles ele não aceita a missão que lhe é imposta e foge. Jonas desafia Deus de forma direta e insolente, esperando que Deus se esqueça da ordem que comandou e que lhe parece absurda.

Jonas é breve. Muito breve mesmo. Quando finalmente é coagido a aceitar sua missão ele profere apenas 5 palavras (Jonas 3:4) e pronto, cumpriu sua missão! O leitor fica atônito. Foi apenas para evitar dizer estas 5 palavras que Jonas fugiu?

Jonas tem sucesso imediato. As cinco palavras são suficientes para o povo e a realeza de Nínive acreditar em Deus se arrepender e buscar Seus caminhos. Jeremias gasta rios de tinta elaborando sobre a natureza, a aparência e as conseqüências do mal. Jonas é infinitamente mais eficiente. Ele fala quase nada e tem sucesso absoluto e fulminante.

Mas estranhamente o sucesso não o satisfaz! Ao invés de abrir um champanhe e festejar com os amigos, Jonas se aborrece mortalmente por ter alcançado o objetivo de sua missão e mais uma vez se isola do mundo para curtir sua zanga rabugenta. Deus lança mão de um estratagema para fazer Jonas entender o valor do que acabara de conseguir. A história acaba numa pergunta aberta, sem resposta. Caberá ao leitor providenciar a resposta, sugerindo que esta pode ser muito variada.

Esta trama é apresentada um relato simplório que parece útil apenas para entreter crianças num tedioso dia de chuva. Se você nunca leu ou não se lembra bem do livro de Jonas, vale a pena ler só para verificar como ele é infantil. É curtinho, você vai ler em cinco minutos.

No entanto a fábula de Jonas serve de suporte para algumas mensagens muito importantes. Justamente por conta destas mensagens Jonas foi escolhido para ser lido na tarde de Iom Kipur. Alguns educadores se fixam apenas na fábula, se esquecendo que o importante no judaísmo é procurar as mensagens. Estes educadores infantilizam a nossa tradição e afastam dela as pessoas que, independente da idade, valorizam intelectualmente suas vidas. Vamos então procurar as mensagens de Jonas.

A primeira mensagem é o poder do arrependimento (tshuvá), da volta ao caminho correto. A tshuvá é um conceito ausente nos cinco livros de Moisés (a Torá). Lá a justiça é cega. Olho por olho, dente por dente. A cada mal feito corresponde uma pena de igual valor.

Já em Jonas, Deus permite que as pessoas se arrependam e que o arrependimento sincero sirva para modificar o destino. Em Iom Kipur, a poderosa frase “arrependimento, oração e justiça modificam o destino” está colocada logo após o trecho que descreve o processo do livro da vida, onde lemos que nosso destino está sendo traçado naquele momento a partir de nossas ações do passado. A frase introduz o conceito que o mal do passado pode ser reparado, que o importante é nosso comportamento futuro, que não há lugar no judaísmo para o pessimismo fatalista e que o homem é o único dono do seu destino.

A fábula de Jonas enfatiza esta mensagem. Da mesma forma como os cidadãos de Nínive não são destruídos porque, independente do mal que tenham feito no passado, se arrependem ao ouvir Jonas, nós também podemos nos arrepender sinceramente e evitar o destino cruel.

Parece simples mas não é. O conceito do poder do arrependimento está em contradição clara com o conceito de que a justiça tem que ser cega, que independente das circunstâncias é necessário haver uma pena correspondente ao mal realizado.

O livro de Jonas representa uma importante ruptura com a lei de Moisés. Moisés diz “Teu olho não deve se apiedar, alma por alma, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.” (Devarim 19:21). O livro de Jonas diz: “Quem sabe se Deus não vai se arrepender? Talvez Ele possa abandonar Sua ira e nós possamos sobreviver. E Deus viu o que os homens de Nínive fizeram, que eles abandonaram o mal. E Deus renunciou à punição que planejara enviar, e Ele não a enviou.” (Jonas 3:9-10).

Esta ruptura, este refinamento da mensagem é central no judaísmo. Estamos longe de abrigar uma inflexível tradição tri-milenar. Já na época dos profetas introduzimos modificações fundamentais nas leis da Torá.

Mas o livro de Jonas não fala apenas do poder do arrependimento (tshuvá). O quarto e último capítulo introduz outro tema importante – a compaixão.

Jonas se aborrece tremendamente com a decisão de Deus de salvar Nínive. Ele era um homem fiel à lei original: errou tem que ser castigado. Ele tem raiva de si mesmo, de ter sido partícipe na trama de salvação dos pecadores. Ele se retira zangado e pede a morte porque não concebe viver num mundo onde se valoriza a sutileza do que se encerra no interior do coração das pessoas.

Deus não responde a Jonas através de argumentação intelectual e sim por uma demonstração concreta de humanidade. Deus faz Jonas apelar para a clemência divina para a obtenção de um simples conforto pessoal. Assim Deus demonstra para Jonas que da mesma forma como ele valoriza uma árvore que lhe dá sombra, tem que valorizar todas as criaturas vivas.

A pergunta final da história, a frase que encerra a moral da fábula, é dirigida não apenas para Jonas, mas para todos os leitores: “será que a exigência da justiça estrita deve ser mais forte do que a compaixão pelos seres vivos?”. Sugiro que cada um procure sua resposta pessoal. Não é um assunto simples.

Igualmente intrigante e escondida no texto é a questão da escolha de Jonas por Deus. Qual o valor que tem uma pessoa que ousa desafiar as ordens divinas e que exige entender a razão por trás dos desígnios divinos?

Existem correntes religiosas que pregam o não questionamento. “Deus mandou” é razão suficiente para tudo. Será que Deus gosta mesmo deste comportamento? Serão estas pessoas efetivamente homens de Deus? O livro de Jonas sugere que não. Dentro de todas as pessoas daquela época, a palavra de Deus veio ao questionador Jonas e não aos donos da certeza.

Me parece que o grande valor de Jonas é sua integridade. Por causa de sua integridade Jonas é escolhido. E por causa de sua integridade Deus se dá ao trabalho de explicar o que está por trás de seus propósitos. Jonas é um questionador, mas um questionador íntegro. Ele não questiona pelo prazer de ouvir sua própria voz. Ele questiona porque acredita. No final é a integridade de Jonas que lhe permite alcançar um estágio maior de compreensão, da qual somos herdeiros.

Arrependimento, compaixão e integridade. Estes são alguns dos valores do livro de Jonas.

Raul Gottlieb

Friday, September 29, 2006

CASO 1
Volto pra casa depois de um jogo medonho contra um time argentino de futebol tenebroso e topo com um policial simpático que fica vez ou outra papeando com o porteiro aqui do prédio. Ele também é tricolor doente e, apesar de ser simpático, o único assunto que nós temos, não podia ser outro: futebol. Mais precisamente, o Fluminense.

Ele: Quanto foi o jogo?
Eu, com cara de puto: 1 a 1. Mas o jogo foi horrível!
Ele: É mermo rapá? E quem fez o gol?
Eu: Claudio Pitbull de falta aos 47 do segundo tempo.
Ele: Rapaz, você sabe que antigamente quando o time tava mal, terminava os jogos e neguinho ia quebrar as Laranjeiras. Hoje em dia, nem isso a torcida faz mais!!!
Eu, meio sem entender o que eu tinha acabado de ouvir: Pois é...


CASO 2
Chego de carro com Tamara e minha mãe no cemitério de Vila Rosali pra descoberta da matzeiva (lápide) da avó da Tamara. Nas redondezas do cemitério ficam dezenas de "guardadores" correndo de lá pra cá, se esbofetando pra tentar conseguir o "cliente" numa cena que chega a dar medo. Eu, como tenho ÓDIO desses profissionais da extorsão, vejo um guarda na rua, abro a janela e pergunto pra ele onde eu conseguiria uma vaga próxima dali. O policial, sem titubear, se vira pro "guardador" que está nos assediando e o orienta de como e onde nós devemos estacionar o carro, ignorando totalmente nossa presença, meio que dizendo: "Isso é com eles".


CASO 3
Essa aconteceu há uns 2 anos atrás. Quando ia pra Teresópolis de carro com Dea e Pati Zimet (uma amiga uruguaia) e meu corsinha enguiçou no meio da Linha Vermelha na altura da Baixada (eu tinha errado a entrada...). Como tinhamos a presença de uma gringa dentro do carro, tinhamos que demonstrar tranquilidade pela situação. De repente, pára do meu lado um policial e vem falar com a gente:

Ele: Enguiçou amigo?
Eu: É, mas o reboque já tá chegando.
Ele: Ok. Só não fica andando por aí, porque aqui é uma região muito perigosa. Espera dentro do carro.

E o guarda se foi como se não tivesse nada a ver com a nossa segurança.

Moral das histórias: Domingo é dia de eleições!

Tuesday, September 26, 2006

Já foram 4 filmes até agora. Decidi que eu não ia seguir essa minha listinha à risca pra não ficar tão preso a programação do festival enquanto eu estiver no Rio. Assim, eu vou indo quando me der vontade, aproveitando o tempo cocô que tá na cidade. Digo que até agora minha média dos filmes nunca esteve tão alta. Vi 3 filmes excepcionais, na categoria do "Não deixe de ver de jeito nenhum!" e um muito bom.

Little Miss Sunshine. Filme americano de diretores desconhecidos (Jonathan Dayton e Valerie Faris) e roteirista idem (Michael Arndt).
Não me lembro da última vez que ri tanto no cinema. Comédia genial! (Se você não gosta de ler sinopses antes dos filmes, pare aqui!) Uma família que reune um avô pervertido viciado em cocaína, um adolecente revoltado que fez voto de silêncio pra conseguir ser piloto, um tio gay que sofre depressão e tentou se matar e outros tipos, resolve encarar uma viagem numa kombi pra levar a filha pequena (grande atuação, aliás) pra California pra disputar o concurso de Little Miss Sunshine. Deve entrar em cartaz. Não perca. Por favor!

Babel. Do diretor mexicano Alejandro Inarritu (que aliás estava presente na seção, acompanhado de seu amigo Walter Salles), segundo o próprio, o último da trilogia que já tinha Amores Brutos e 21 Gramas. Fechado com chave de ouro. História densa que se passa em 4 países (EUA, México, Marrocos e Japão), onde uma turista americana é baleada por acidente no marrocos e todos pensam que é um atentado terrorista. Destaque pra montagem que deixa o filme ainda mais alucinante (me lembrou Traffic nesse quesito). Prepare o estômago porque o filme não é leve. Me parece, que com esse filme, Inarritu está de vez no mesmo patamar dos grandes diretores de cinema da atualidade.

The wind that shakes the barley. Dirigido por Ken Loach e produzido em vários países também. Conta uma história pesadíssima dos anos 20 na Irlanda, sobre fatos que antecederam a guerra de independência desse país. Considero imperdível também. Destaque pra fotografia e figurino. Ganhou a Palma de Ouro de Cannes esse ano, portanto, quem não pegar no festival, não precisa se preocupar.

Lie with me. O quarto não está no mesmo nível dos outros 3, mas também foi uma grata surpresa. Da mostra canadense do festival, o filme se trata de uma mulher viciada em sexo que finalmente consegue se apaixonar. Os dois constróem uma estranha relação baseada no sexo. Achei as atuações muito reais e a trama interessante. A legenda era eletrônica então não creio que vá chegar por aqui. Se você se incomoda com cenas de sexo explícito, esse não é o seu filme.

Fora os filmes, como eu tinha falado, na semana passada fomos, enfim, no show do Chico. O show foi maravilhoso.
Além de todo o cd novo, que eu devo admitir que alguma coisa dele me agrada bastante (não todo!), ele cantou várias músicas antigas. Porém, dessa vez ele não optou por músicas muito evidentes da carreira pra cantar. 3 músicas do Grande Circo Místico (A Bela e a Fera, A História de Lilly Brown e Na Carreira), Mambembe, Te perdôo, a belíssima Eu Te Amo (segundo a Tamara, nessa hora minha boca foi ao chão), Palavra de Mulher da ópera etc. Gostei da seleção. O cenário é simples e chiquérrimo: uma barra de aço formando a silhueta do Rio fica mudando de cor de acordo com a luz que a ilumina. Hoje, por coincidência, tava comentando do show com o Vaks no carro, quando de repente passa o Chico andando na praia. O homi não morre tão cedo! Nós agradecemos.

Wednesday, September 20, 2006

Vai começar o Festival. É a primeira vez desde que assisti meu primeiro festival de cinema, que vou ter tanto tempo pra ver os filmes que eu quiser. Fiz uma pré-seleção que chegou aos 30 filmes. Me baseei em amigos, como Ives e Yaniv, nos cítricos do Globo e na minha intuição. Daí, sentei com a Tamara e resolvemos fazer uma pós-seleção. Desceu pra 16 filmes. Desses, eu só consegui comprar 3 pela internet e o resto vamos tentar na sexta de manhã na estação de vendas ou na própria seção do filme. Por exemplo, para ver Meus 15 anos na quarta às 2 da tarde no São Luiz, não preciso comprar com antecedência de jeito nenhum. Obviamente que de acordo com sol/chuva ao longo do dia, poderemos fazer pequenas alterações no nosso roteiro. A lista é essa aí:

- Noel, um poeta da vila - comprado
- O céu de Suely
- Proibido proibir
- The wind that shakes the barley
- Dalia negra
- A scanner darkly
- Babel - comprado
- 100 escovadas antes de dormir
- Fonte da vida - comprado
- Red road
- Meus quinze anos
- Madeinusa
- Só deus sabe
- CRAZY
- Destricted
- Ponto de encontro


Reparem que não incluo Volver do Almodovar, porque já vi em Israel há uns 2 meses. Na verdade não gostei, mas continua sendo um Almodovar. Outro filme que está no festival e eu já vi em Israel é Princesas. Também é espanhol e é do mesmo diretor de Los lunes al sol (Fernando Leon de Aranoa), que é um filme que eu recomendo demais. Princesas não chega ao nível de Los lunes mas é um belo filme sobre prostitutas e eu recomendo para o festival.

Daqui a pouco estou indo pra São Paulo. Vamos no show do Chico, Carioca, amanhã no Tom Brasil. Aproveitamos a temporada pra mesclar uma visitinha aos nossos amigos paulistas e o show do cara. Estamos ansiosos. Tanto eu, quanto a Tamara nunca fomos num show dele e, quem nos conhece, sabe o quanto valorizamos o sujeito. Prometo uma cítrica aqui depois do show. Dos filmes também. Voltamos sexta pra Rosh Hashaná.

Sunday, September 17, 2006

O papa Bento 16 fez besteira. Ofendeu o mundo islâmico de forma agressiva e pejorativa. Imaginem que num discurso em que ele pretendia chamar os muçulmanos para o diálogo, ele mencionou um discurso do século 14 que dizia que Maomé havia trazido coisas "apenas más e desumanas, como sua ordem para difundir pela espada a palavra da fé que ele pregava". O mundo islâmico se ofendeu e não tardou a reagir, exigindo um pedido de desculpas. Afinal de contas, eles não usam espadas pra profilerar sua fé há muitos anos; de uns tempos pra cá, eles vem se aperfeiçoando na utilização de bombas de longo alcance e até, de vez em quando, homens vestidos de bomba! Por isso se gerou esse mal estar todo. Os muçulmanos não gostaram de ser associados a objeto de tão inestimado valor, como uma espada. Eles exigem que seja feita a correção do discurso pelo papa. Seria mais ou menos assim: "como sua ordem para difundir pelos homens-bomba a palavra da fé que ele pregava". Aí eu acho que eles ficariam mais contentes.

A consequência do discurso, não precisávamos esperar as notícias para saber qual é. Bombas, bombas e mais bombas. Pelo menos 3 cidades na Cisjordânia (Tul Karem, Nablus e Tubas) tiveram suas cidades atacadas, ora por bombas, ora por tiros, nos últimos dois dias. E se o papa não fizer um pedido de desculpas imediato, as promessas nem precisam ser feitas. Mais bombas vem aí!

Mais uma vez, quem se aproveita da situação são os radicais islâmicos que voltam a rotina normal de trabalho: espalhar o terror em nome da fé.

Friday, September 15, 2006

Ontem foi um dia de matar saudades. Fora a prainha, que já não é novidade e tem sido bem generosa comigo desde a minha chegada, ontem foi dia de espetáculo na minha reestréia do Maracanã, showzaço na Fundição e retorno ao BB Lanches.

Tamarinha foi comigo assistir a Flu e Bota no Maracanã e mostrou que tem estrela. Aliás, quem mostrou que tem estrela mesmo é o Marcão. O cara é um exemplo a ser seguido por todos os jogadores do mundo. O cara tem só 9 anos de carreira no Fluminense! Merece uma estátua nas Laranjeiras. Enquanto não vem, levantamos uma no blog do Bruninho. Resultado de ontem: 1 a 1 no tempo normal, com gol de Marcão no último lance do jogo, ganhando na disputa de penaltis. No Globo de hoje aparece umas 6 ou 7 vezes a palavra "impedido" pra descrever o gol do Marcão. Daonde eu tava, não vi impedimento nenhum! Depois dizem que a mídia não é anti-semita...

Depois do jogo, fomos direto pra Lapa onde ia rolar na Fundição o tão esperado show do Franz Ferdinand. Tava com uma saudadezinha de um show/pressão como esse. Segundo o Vaks, a energia do show era similar a do Los Hermanos. Segundo o Bruninho, o som lembrava muitas vezes The Doors. Segundo o Victor, o batera deu show a parte. Foi bom ter ido novamente a um show com o Yaniv (meu parceiraço de shows e vice-versa!). Anotem o nome desses caras.



Música de grande qualidade e uma boa galera escoltando, só podia terminar de uma forma: BB Lanches. Cheesefrangosalada e um mate foi o pedido. Aos poucos a saudade vai amansando...

Tuesday, September 12, 2006

Cheguei domingo no Rio. Antes disso passei uns dias visitando Ilan e Renata nos EUA e depois passei uns dias na Praia do Forte com a família da Tamara. Tem momentos na vida em que não convém reclamar demais da vida. Esse, definitivamente, está sendo um desses momentos...

Com o Ilan, fui acampar num Parque Nacional chamado Acadia que fica no Maine, na Nova Inglaterra. A localização é essa aí do mapa.

O lugar é uma ilha enorme recheada de trilhas e visus incríveis por todo os lados. Animal! Chegamos no final do verão e peguei o melhor clima possível: sol durante o dia e friozinho de noite no camping. Se tivéssemos chegado uma semana ou duas mais tarde, teríamos pego a grande virada de cores da vegetação, onde grande parte das árvores ficam com tonalidades vermelhas. Em resumo, recomendo o lugar pra qualquer um viajar. Recomendo que vejam as fotos também.

O Ilan disponibilizou as fotos num link, então vou colocá-lo aqui pra quem tiver na pilha de ver algumas fotos. É melhor do que eu ficar uploadando meia dúzia de fotos durante meia hora.

Vou botar uma só pra dar o gostinho...



As fotos da Bahia vou ficar devendo, mas vou colocar também em algum momento próximo.

Agora é Rio. Do melhor e do pior. Tamo na área!!!

Monday, September 11, 2006

Ontem foi aniversário da Tamarinha. Minha homenagem vai através das palavras de um dos maiores sambistas brasileiros da história: Nelson Cavaquinho.

Minha Festa

Graças a deus, minha vida mudou
Quem me viu, quem me vê
A tristeza acabou
Contigo aprendi a sorrir
Escondeste o pranto de quem sofreu tanto
Organizaste uma festa em mim
É por isso que eu canto assim

Monday, August 28, 2006

Lhes conto algumas novidades boas. Já temos ap! Depois de visitar mais de 30 apartmentos em 5 dias, com muuuuito suor, finalmente somos gente na terrinha. A minha maratona de procura calhou com os dias mais quentes do ano na cidade, adicionando os fatos de que Haifa é uma cidade repleta de ladeiras e que eu ainda conheço pouquíssimo. Ou seja, foram muitos quilômetros andados a pé, subindo ou descendo ladeiras, sob o sol escaldante e sozinho na maioria das vezes. Como a Tamara tem prova nos próximos dias, combinamos que eu iria ver a maioria dos aps sozinho e caso eu me apaixonasse por um, eu chamaria ela pra ver em seguida.

O ap é lindo! Moderno, reformado, bem cuidado, móveis novos (até televisão eles vão deixar!). É super bem localizado no Mercaz Hacarmel, onde tem vários pubs, cafés, restaurantes, cinemas... O proprietário é um jovem da nossa idade, que até agora morava no ap e está indo passar uma temporada de estudos de arquitetura na Itália. Gente do bem.


Aqui tem algumas fotos que tirei no dia da primeira visita pra mostrar pra Tamara. A primeira é o nosso quarto e a segunda vai virar a nossa sala. Além disso, tem uma varanda fechada que dá pra virar um quarto de visitas, fora uma pequena sala de trabalho que dá pra instalar os computadores e coisa e tal. A área de serviços tem uma vista maravilhosa da cidade. Uma pena que a vista não é de frente, mas também, se fosse, seria o dobro do preço.








A outra novidade é que hoje a noite to indo pros EUA me encontrar com meu irmão e Renata, num camping na Nova Inglaterra (Maine). Até barraca eu to levando na mala. Dia 5, eu vou de lá pro Brasil, indo direto pra Bahia, Praia do Forte, com a família da Tamara, passar o 7 de setembro. Chego no Rio dia 10 e fico até o início de outubro. Um grande abraço e até!

Friday, August 25, 2006

Das diversas coisas que nossos vizinhos radicais fazem com espantosa perfeição, a que mais me incomoda é o fato deles sempre conseguirem fazer com que Israel se desloque para a direita do mapa político regional.

Ontem, uma pesquisa publicada no jornal Yediot Aharonot, indica que a maioria dos israelenses, 63%, acha que o primeiro ministro Olmert deveria renunciar após o “fracasso” na guerra. Na mesma pesquisa, uma pergunta questionando em quem você votaria para primeiro ministro, com 45% dos votos, nosso ilustríssimo líder da direita, aniquilado nas últimas eleições da Knesset há 5 meses atrás, quando todos pensavam que era o fim da sua carreira política… Biniamin Netaniahu!

Nas últimas 2 décadas somos recheados de histórias desse gênero. Aí vão:

* Depois do assassinato de Rabin, em 95, seu parceiro na implementação dos Acordos de Oslo, Shimon Peres, assumiu interinamente o cargo e tinha tudo para dar sequência ao trabalho do amigo e vencer as eleições que aconteceriam no ano seguinte. Eram tempos de verdadeiro otimismo em Israel. Tempos em que o Shalom Achshaiv (Paz Agora) colocava 300.000 pessoas em eventos pela paz numa praça de Tel Aviv. Às vésperas das eleições, uma sequência violenta de atentados terroristas em Israel faz a opinião pública mudar de lado. O povo passou a optar pela política da Segurança com Paz (direita) ao invés da política vigente Paz com Segurança (esquerda). E dá-lhe Bibi nas urnas!

* Em 99, a esquerda conseguiu voltar ao poder depois de uma atuação desastrosa do então PM, Bibi, com a promessa de voltar às negociações de paz com os palestinos. Barak tentou fazer muito mais e foi derrubado 1 ano depois, não pela direita israelense, mas por nossos vizinhos palestinos. Mais precisamente, Yasser Arafat. Após coordenar unilateralmente a retirada das tropas israelenses da faixa de segurança no sul do Líbano em 2000 (que as consequências são exatamente essas que nós estamos acompanhando agora), Barak ofereceu 97% do território da Cisjordânia para que seu amigo Yasser pudesse fundar seu tão sonhado estado (ou nem tanto), mas… Yasser recusou. “Ou Jerusalém, ou nada!” Era o fim de Barak. No ano seguinte, é eleito o novo líder da direita e velho conhecido dos libaneses, Arik Sharon.

* Sharon se saiu melhor do que a encomenda e conquistou o coração de boa parte da esquerda com o plano de retirada unilateral dos territórios. Sharon atingiu a incrível marca de primeiro ministro com maior aprovação do povo de toda história de Israel. Saiu da direita e foi pro centro levando consigo uma legião de deputados e eleitores. Quando mais uma vez, parecíamos ter encontrado o caminho certo para a convivência com nossos vizinhos, a partir do dia seguinte da retirada das colônias na Faixa de Gaza, fomos presenteados (e ainda estamos sendo!) com lançamentos constantes de bombas kassam às cidades israelenses vizinhas da Faixa. Mais uma tentativa dos palestinos de nos impôr um governo de direita menos flexível e que vai contra os seus ideais (ou nem tanto).

* 6 anos após a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, a guerra atual mostra uma história bem parecida com os exemplos acima citados. Afinal de contas, o que será do Hesbollah se Israel assinar um acordo de paz com o Líbano? Do que eles vão viver?

Hoje houve uma manifestação com muitas famílias de soldados que caíram na guerra pedindo a saída do PM Olmert. A manifestação foi feita em frente ao túmulo da ex-PM Golda Meir, sugerindo que Olmert siga como exemplo o gesto de Golda que renunciou após a “derrota moral” na Guerra de Yom Kipur.

Eu acho a analogia com a guerra de Yom Kipur interessante. Se nós realmente perdemos essa guerra de agora, isso pode ser um bom sinal. Explico: Depois de todos os esforços que Israel fez para a paz nos últimos 15 anos, quem saiu fortalecido? A direita israelense e os árabes radicais. Já depois da guerra “perdida” de Yom Kipur, Israel assinou seu primeiro acordo de paz 6 anos depois. Quem sabe não estamos entrando em verdadeiros tempos de paz?

Thursday, August 24, 2006

Eu estava vagando pelo Youtube, pensando na importância do Branco Mello pros Titãs, quando me deparei com um uma performance ao vivo de uma das melhores músicas, da melhor banda da atualidade e, talvez, a melhor banda pós-Beatles de que tenho conhecimento.

Essa música, aliás, segundo os próprios autores, nasce na inspiração de 2 músicas dos Beatles: I am the Walrus (Magical Mistery Tour, 1967), pela experiência de desmontar a música e montá-la novamente pra ver se faz algum sentido; e Happiness is a Warm Gun (The White Album, 1968), onde eles pegaram 3 músicas diferentes e encaixaram numa só.

Paranoid Android arrepia.

Paranoid Android
Radiohead
Álbum: Ok Computer, 1997


Tuesday, August 22, 2006

Foto de família



"Aquela ali da esquerda é minha tia Margot. A que tá do lado dela é minha cunhada Magali e a do meio é minha outra tia Francis que é irmã gêmea da Margot. Se bem que eu sempre confundo as duas. Elas são muito parecidas. A quarta é minha esposa Ana Bela. Ela não é linda?!? A última... a última piscou o olho e eu não to reconhecendo..."

Acabo de sair do supermercado e confesso que fiquei possesso com a mulher do caixa. Não havia fila e eu cheguei tranquilamente no caixa com a minha cestinha pra pagar as compras, sem muita pressa pra ir embora. Eu reparei que a atendente, sem uniforme, estava fazendo outra coisa no computador, totalmente compenetrada numa planilha em que ela analisava uns números, conversando com a mulher do caixa ao lado dela. Eu não atrapalhei, esperei que ela acabasse o que estava fazendo para então me atender, afinal de contas, eu não tinha muita pressa. Passado uns 3 minutos em que a mulher continuava com a cara grudada na tela e fingindo que não me via, a fila começou a se acumular atrás de mim e eu disse a ela:
- Slichá! (Dá licensa!) - tentando chamar a atenção da mulher.
Ela respondeu, ainda sem olhar pra minha cara:
- Rega! (Um momento!) - como quem dizia: “Você não tá vendo que eu tô ocupada?!?”
Continuei esperando, dessa vez um pouco mais puto e muito mais impaciente. Passou mais um minuto e ela me atendeu normalmente.

Passada minha irritação, comecei a pensar mais profundamente no assunto e lembrei de uma descrição que o Victor, depois de 2 anos vivendo aqui, certa vez me deu: “O israelense não é grosso. Ele é informal.” Ele tinha razão.

Aqui, a mulher que te atende no caixa não tem o sentimento de inferioridade em relação a você, consumidor, que uma profissional do mesmo ramo tem no Brasil, por exemplo. No Brasil, num bate-papo com um porteiro, fica muito claro que o porteiro é o porteiro (pobre, favelado, sem muito estudo, baixa remuneração e baixo esforço intelectual) e você é você (mais rico, instruído etc.). Isso ocorre naturalmente. Não por preconceito, necessariamente, mas por consequência natural da enorme desigualdade social que vive esse país. O mesmo acontece num restaurante, num posto de gasolina, na própria casa com a empregada doméstica e em vários outros exemplos.

Por exemplo: você tem todo direito de chegar num restaurante de mal humor, sentar, reclamar, não gostar de esperar pra ser atendido e reclamar de novo. Afinal, você é quem tá pagando. Agora, se o garçom acordou com a pá virada, brigou com a namorada e te atende de cara fechada… disso ele não tem direito. O garçom tem que estar sempre sorrindo, sempre agradando, porque ele é o servente e você é o servido. Essa cena é muito comum no Brasil, onde o dinheiro fala muito alto.

Em Israel não é bem assim. A mulher do caixa me deixa esperando porque ela me olha como se eu fosse igual a ela. Não importa se eu sou mais rico, se eu sou sou mais poderoso, se eu sou isso ou sou aquilo. O que importa é que ela também é um ser humano, que também trabalha e ganha seu dinheiro dignamente e que também tem o direito de ficar de mal humor quando quiser. Por isso eu repito: o israelense não é grosso. Ele é informal.

Monday, August 21, 2006

Recebi isso da minha avó. Achei interessante. Assim, a única revista que precisaria ser feita seria através do exame do toque.

Saturday, August 19, 2006

Uma pérola. Elis e Adoniran cantando Iracema.

Wednesday, August 16, 2006

Hoje, finalmente voltamos a Haifa após a guerra. Não estamos tão certos que a guerra tenha de fato terminado, mas essa trégua nos estimulou a voltarmos e começarmos nossa tão sonhada busca por um ap pra morar.

Na estação de trem em Tel Aviv fomos surpreendidos com um gesto lindo da companhia de trem: as passagens para os moradores do norte voltarem pra casa são gratuitas. Ficamos emocionados. Pequenos gestos que nos fazem ficar cada vez mais felizes, com um sentimento de que realmente estamos em casa aqui. Vejam o bilhete do trem que eles confeccionaram.


Além do preço 0,00 shekalim que não é difícil de entender, embaixo vem escrito:

Letzafon Beahavá - Ao norte com amor


Curtimos.

Tuesday, August 15, 2006

Agora algumas fotos da parte terrestre da Turquia.

A primeira foto é também na Capadócia, onde tem essas formações rochosas em forma de pirulito.



Essa é numa fábrica de cerâmicas.



Isso é um restaurante à beira do rio. Tamarinha e eu.



Foto "Chegamos em Istambul!" no aeroporto.



Mesquita Azul



Tamarinha e minha mãe numa pracinha que tem entre as mesquitas Azul e Santa Sofia.



Tamarinha e meu pai no mercado egípcio de especiarias.



Pôr do sol feio em uma mesquita qualquer.

Saturday, August 12, 2006

Finalmente, vou postar aqui algumas fotos da viagem pra Turquia que fiz semana passada. Devido à quantidade de fotos que tirei e, especialmente, ao passeio de balão que a gente fez na Capadócia, vou dividir o post em 2. Hoje eu coloco só algumas das mais de 40 fotos no balão, que aliás, é um prato cheio pra fotógrafos! Amanhã ou outro dia próximo eu coloco algumas fotos de Istambul e do restante da viagem.

Vou me privar nesse post a não ficar comentando foto a foto, porque acho que as fotos se comentam por si só. Simplesmente uma das melhores sensações da vida. Recomendo.














Tuesday, August 08, 2006

Cheguei de viagem anteontem e eu queria realmente que meu primeiro post desse retorno fosse uma descricao da maravilhosa viagem que fizemos pra Turquia nessa semana que passou, com fotos que ficaram maravilhosas. Infelizmente, essa guerra ainda nao acabou e me consome mais e mais a cada dia. Nao so pela guerra por si so, mas pela merda de cobertura que a midia internacional dedica a ela. Eu tambem nao gostaria de postar um artigo de um jornalista qualquer, visto que milhoes de artigos sao circulados por dia na internet e voces (pelo menos quem se importa pelo assunto) ja devem estar saturados, alem do que perde um pouco o sentido do blog. Mas como meus pais estao em Israel agora e eu nao tenho muito tempo nem acesso direto a internet, vou postar esse artigo que foi escrito por um colunista da Folha de SP e eu vibrei de tanto que concordei com ele. Enjoy!


Caros senhores terroristas


Começou a época das manifestações. Leio agora que, só em Londres, milhares de pacifistas saíram à rua para marchar contra a guerra no Oriente Médio. Nada a opôr. Marchar contra a guerra é simpático. Mais ainda: é cómodo. Você pode não saber nada sobre o conflito, nada sobre as razões do conflito, nada sobre as consequências do conflito. Mas é contra. Ser contra é a absolvição do pensamento: uma forma tranquila de colocar a flor na lapela do casaco e mostrar a sua vaidade moral ao mundo. Hitler invadiu a Polônia, exterminou milhões de judeus e procurou subjugar um continente inteiro? O pacifista é contra. Contra quê? Contra tudo: contra Hitler, contra Churchill, contra Roosevelt. Contra Aliados, contra nazistas. E quando os nazistas entram lá em casa e se preparam para matar o pacifista, ele dispara, em tom poético: "Não me mate! Você não vê que eu sou contra?" É provável que o nazista se assuste com a irracionalidade do pacifista e desapareça, correndo.

Capitão: "Eu não mandei você matar o inimigo?"
Soldado: "Sim, meu capitão. Mas ele era contra. Fiquei com medo."

O pior é que os pacifistas que saíram à rua não são contra tudo. Eles só são contra algumas coisas, o que torna o caso mais complexo e, do ponto de vista paranóico, muito mais interessante. Lemos as palavras de ordem e ficamos esclarecidos. "Não ataquem o Irã". "Liberdade para a Palestina". "Tirem as mãos do Líbano". Imagino que alguém deixou em casa as frases sacramentais. "Irã só quer paz". "Hizbollah é gente séria". "Israel é racista; não gosta de mísseis". Essa eu entendo. Israel retirou do Líbano em 2000. Retirou de Gaza em 2005. O Líbano e Gaza, depois da retirada, transformaram-se em parque de diversões para terroristas do Hizbollah e do Hamas (leia-se: do Irã e da Síria) que tinham por hábito sequestrar soldados israelenses e lançar rockets para o interior do estado judaico. Israel, inexplicavelmente, não gostava de apanhar com mísseis na cabeça, marca visível da sua intolerância. Os pacifistas de Londres deveriam denunciar essa intolerância: um Estado que retira dos territórios ocupados e, ainda por cima, não gosta de ser bombardeado, não merece o respeito da "comunidade internacional".

E a "comunidade internacional" não respeita. Desde o início das hostilidades, no sul do Líbano, regressaram acusações conhecidas de "desproporção" e "matança indiscriminada de civis". Apoiado: as acusações, não os ataques. Se Israel não gosta de ser bombardeado, deveria refrear seus ímpetos belicistas e escrever uma carta aos senhores terroristas. Para explicar o desconforto da situação. Exemplo:

"Caros senhores terroristas,

Boa tarde.

Nós sabemos o quanto vocês gostam de bombardear as nossas cidades, apesar de termos voluntariamente retirado dos vossos territórios. Longe de nós condenar a forma gentil como gostais de matar o tempo. Mas lançar rockets para o interior de Israel não mata só o tempo; também mata pessoas que estão nas ruas, nos mercados, nos cafés. Seria possível parar com esse desporto?

Nós, judeus, sabemos que o pedido é excessivo, na medida em que, segundo opiniões dos senhores terroristas, que nós compreendemos e até respeitamos, desde 1948, ano da fundação de Israel, que nós não temos qualquer direito à existência. Mas não seria possível chegar a um entendimento, apesar da palavra 'entendimento' ser ofensiva para a cultura dos senhores terroristas? Dito ainda de outra forma: não seria possível que o lançamento de rockets ocorresse apenas em dias salteados? Por exemplo: às segundas, quartas e sextas? Os sequestros seriam apenas às terças e quintas, de preferência mais ao final da tarde, depois da saída do trabalho, para deixar o jantar já pronto.

O pedido pode parecer excessivo mas gostaríamos de lembrar aos senhores terroristas --e, por favor, não vejam nas nossas palavras qualquer crítica-- que nós tivemos essa gentileza: avisar as populações civis de que o sul do Líbano seria atacado, pedindo-lhes que se retirassem. Estamos conscientes, e por isso nos penitenciamos, que esse aviso às populações civis acaba por retirar valioso material humano que os senhores terroristas gostam de usar como escudo para exibir na televisão. Mas não seria possível substituir seres humanos por sacos de areia, mais fáceis de usar e controlar?

Uma vez mais, queiram-nos perdoar a ousadia da sugestão. Estamos certos de que a racionalidade das nossas propostas será recebida com a irracionalidade dos vossos propósitos."

Depois, era só enviar a carta e, estou certo, esperar pela resposta. Que viria, como vem sempre, voando pelos ares.


João Pereira Coutinho, 30, é colunista da Folha de S.Paulo . Reuniu
seus artigos no livro "Vida Independente: 1998-2003", editado em
Portugal, onde vive. Escreve quinzenalmente, às segundas-feiras,
para a Folha Online.

Thursday, July 27, 2006

O blog vai entrar de ferias.

Em funcao disso, estou indo amanha pra Turquia com a Tamara encontrar meus pais.
Volto dia 6 pra ca com eles. Hasta!

Wednesday, July 26, 2006

Recebi esse texto sobre a guerra.

http://pedrodoria.nominimo.com.br/

Escrevi essa resposta.

"Não adianta argumentar que o Hezbolá não segue tampouco se preocupa em seguir a Convenção de Genebra. Não é mesmo o que se espera de um grupo terrorista. São bárbaros. Israel é que não tem este direito."

Esse trexo do texto do Pedro Doria deixa claro como sua mensagem é vaga e populista. Sempre que se critica essas ações de Israel, se esquece de dar as sugestões para um combate "limpo" ao terrorismo, de acordo com a Convencao de Genebra etc. Por que? Porque nao lhes importa tanto assim. O que importa é denunciar a morte de civis inocentes, os desrespeitos a convenções internacionais por um país como Israel que já sofreu tantas atrocidades em sua história e agora faz o mesmo com os povos vizinhos (esse argumento é um dos preferidos dos anti-semitas de plantão).

"Israel é que não tem esse direito." Israel nunca tem esse direito! Dos terroristas nós podemos esperar que mandem bombas sem direcão exata para cidades de Israel, afinal de contas eles são terroristas. Mas de Israel nós não podemos tolerar um revide, porque senão vira "reação desproporcional" (a midia adora esse termo), morte de civis inocentes, guerra! Francamente!

Falta enxergar que o objetivo dos terroristas é esse. Criar uma reaçãao internacional que crucifica as ações de Israel, colocando-nos como os responsáveis pela desordem e falta de paz na regiao, como assassinos de civis inocentes e "terroristas de estado". Afinal de contas, qual o país que vai ficar de braços cruzados enquanto suas fronteiras são invadidas e seus soldados são sequestrados e mortos quando não há nenhum motivo evidente para isso? Se bem que eles são terroristas, então, segundo Pedro Doria, isso já é esperado por nós. ISRAEL NÃO TOLERA MAIS ESSE JOGO.

Há 60 anos que Israel foi fundado e desde então o Libano está em estado oficial de guerra contra Israel. Não estamos falando do Hesbolá e sim do Libano. Não acha que é um pouco demais?

Infelizmente, se ao longo da sua historia, Israel sempre obedecesse convenções internacionais, intervenções da ONU etc. em guerras que NÃO FORAM CHAMADAS PELA GENTE, Israel não existiria hoje. Israel aprendeu em 60 anos e o povo judeu em mais de 2000 anos, que não podemos depender de ajuda e conselho externo pra se defender.

Sobre o trecho: "Mais que isso: a Convenção de Genebra foi criada justamente para que aquilo que os nazistas fizeram nunca mais encontrasse qualquer rastro de legitimidade; para que nunca mais alguém pudesse dizer ‘estou seguindo ordens’ e pronto. Israel e a Convenção de Genebra são filhos legítimos da mesma mãe terrível." Só posso dizer que lhe falta enbasamento histórico. Quem criou o Estado de Israel foi o movimento sionista, que muito antes do holocausto já vinha trabalhando para a sua criação.

Tuesday, July 25, 2006

Faça como um velho marinheiro, que durante o nevoeiro, leva o barco devagar...

Tuesday, June 27, 2006

Copa

As casas lotéricas aqui estão todas fantasiadas de Copa. Imaginem que a decoração traz as bandeiras somente de 4 países: Brasil, Espanha, França e Arábia Saudita!!! Sabe quando que a Arábia Saudita ia botar uma bandeirinha de Israel na mesma situação??? Falta muito.....

Hoje assisto o jogo num pub em Jerusalem. Essa foto foi tirada no jogo contra a Austrália em Tel Aviv.

Monday, June 19, 2006

Vamos às novidades. Semana passada acabou o ulpan. Isso significa que aquela fase inicial de viver com uma galera, ter aulas de hebraico todo o dia etc. acabou. Agora, cada um vai pro seu canto, aluga um ap, vai morar na faculdade, uns até voltam pro Brasil e a vida recomeça. A minha vida está de nômade por enquanto. Ainda não tenho lugar fixo pra morar. No mês de julho, trabalharei de madrich dos moleques do shnat levantando um capital, portanto até lá, estarei vivendo de favores de amigos pulando de casa em casa.

Aqui umas fotos da festa de despedida do ulpan, que aliás, foi sensacional! Algumas informações sobre a galera nas fotos:



Na esquerda, Stephi, francesa da melhor qualidade. Gente finissima. Uma das melhores pessoas que conheci no ulpan. Mora em Tel Aviv e estudou cinema na França. Ao lado Maia, única brasileira (carioca!) parceira de classe no ulpan. Quer morar em Tel Aviv e ser aceita na escola de artes da Universidade Hebraica. É artista de profissão. Ao lado Marcela, alguns de voces conhecem, tá morando em Tel Aviv e quer ser aceita no mestrado de fisioterapia da Universidade de Tel Aviv. Ao lado dela Davi de Belém, já foi aceito na Universidade de Haifa pro mestrado de Estatística. Vai ser meu parceirinho de cidade. Atrás dele, Rodrigo Alfajor, parceiríssimo de toda hora, vai morar em Jerusa por enquanto. Quer fazer mestrado em publicidade ou algo do gênero. Meu pato no Winning Eleven. Com a camisa do Tabajara Futebol Clube, o candidato a substituto do Bussunda, Nelsinho de POA, companheiro de anos. É ele quem me cede o teto nesses momentos de instabilidade. Grande figura!



Nessa foto tem Juliano mineiro, cruzeirense doente, poeta/ escritor. Outro que vai morar em Haifa. Já foi aceito na Universidade.

Monday, June 12, 2006

Quem? Eu?



Eu não!



Foi ele!



Pensando bem...



Acho que pode ter sido eu sim...

Tuesday, June 06, 2006

Tiul Darom

Na semana passada rolou o último dos passeios organizados pelo Ulpan. Foi um passeio pro sul onde além dos lugares clássicos de visita no sul (Massada, Sde Boker, Beduínos etc.), fomos pra um spa com piscinas térmicas e saunas. Fomos também pra uma trilha em Ein Gedi que tinha umas quedas d'água no meio do deserto. Pardisíaco.

A foto mostra a vista de Sde Boker, kibutz onde Ben Gurion escolheu para passar os últimos anos de sua vida.



Aqui Ein Guedi. Reparem no fundo da foto a cascatinha que rola. Um senhor Oásis pro calor que fazia... Da esquerda pra direita: Dave (País de Gales), Bianca (Rio), Rodrigo (POA), Eu, Marcela (Rio), Maia (Rio).



No meio do deserto, ao lado das tendas beduínas, tomando um drink com a galera.



Dando um rolé de camelo.

Tuesday, May 16, 2006

Lag Baomer

hoje é Lag Baomer. Trocando em miúdos, é um feriado em que todo israelense faz fogueira e enche a cara. Nós não fizemos diferente. Tivemos uma fogueira do Ulpan e em seguida fizemos uma festinha particular cuja a temática era o Brasil, o carnaval, o futebol, a saudade... Vejam as fotos.




Uma homenagem a convocação da seleção: a nossa seleção.




Aqui meus companheiros de quarto Giulio e Gui. Meus guarda-costas. Ao lado esquerdo da foto, reparem o bandeirão que vem me acompanhando o ulpan inteiro. ;)



Aqui, eu e Maia num momento de puro autismo relembrando grandes sambas. Foi bom!