Tuesday, September 26, 2006

Já foram 4 filmes até agora. Decidi que eu não ia seguir essa minha listinha à risca pra não ficar tão preso a programação do festival enquanto eu estiver no Rio. Assim, eu vou indo quando me der vontade, aproveitando o tempo cocô que tá na cidade. Digo que até agora minha média dos filmes nunca esteve tão alta. Vi 3 filmes excepcionais, na categoria do "Não deixe de ver de jeito nenhum!" e um muito bom.

Little Miss Sunshine. Filme americano de diretores desconhecidos (Jonathan Dayton e Valerie Faris) e roteirista idem (Michael Arndt).
Não me lembro da última vez que ri tanto no cinema. Comédia genial! (Se você não gosta de ler sinopses antes dos filmes, pare aqui!) Uma família que reune um avô pervertido viciado em cocaína, um adolecente revoltado que fez voto de silêncio pra conseguir ser piloto, um tio gay que sofre depressão e tentou se matar e outros tipos, resolve encarar uma viagem numa kombi pra levar a filha pequena (grande atuação, aliás) pra California pra disputar o concurso de Little Miss Sunshine. Deve entrar em cartaz. Não perca. Por favor!

Babel. Do diretor mexicano Alejandro Inarritu (que aliás estava presente na seção, acompanhado de seu amigo Walter Salles), segundo o próprio, o último da trilogia que já tinha Amores Brutos e 21 Gramas. Fechado com chave de ouro. História densa que se passa em 4 países (EUA, México, Marrocos e Japão), onde uma turista americana é baleada por acidente no marrocos e todos pensam que é um atentado terrorista. Destaque pra montagem que deixa o filme ainda mais alucinante (me lembrou Traffic nesse quesito). Prepare o estômago porque o filme não é leve. Me parece, que com esse filme, Inarritu está de vez no mesmo patamar dos grandes diretores de cinema da atualidade.

The wind that shakes the barley. Dirigido por Ken Loach e produzido em vários países também. Conta uma história pesadíssima dos anos 20 na Irlanda, sobre fatos que antecederam a guerra de independência desse país. Considero imperdível também. Destaque pra fotografia e figurino. Ganhou a Palma de Ouro de Cannes esse ano, portanto, quem não pegar no festival, não precisa se preocupar.

Lie with me. O quarto não está no mesmo nível dos outros 3, mas também foi uma grata surpresa. Da mostra canadense do festival, o filme se trata de uma mulher viciada em sexo que finalmente consegue se apaixonar. Os dois constróem uma estranha relação baseada no sexo. Achei as atuações muito reais e a trama interessante. A legenda era eletrônica então não creio que vá chegar por aqui. Se você se incomoda com cenas de sexo explícito, esse não é o seu filme.

Fora os filmes, como eu tinha falado, na semana passada fomos, enfim, no show do Chico. O show foi maravilhoso.
Além de todo o cd novo, que eu devo admitir que alguma coisa dele me agrada bastante (não todo!), ele cantou várias músicas antigas. Porém, dessa vez ele não optou por músicas muito evidentes da carreira pra cantar. 3 músicas do Grande Circo Místico (A Bela e a Fera, A História de Lilly Brown e Na Carreira), Mambembe, Te perdôo, a belíssima Eu Te Amo (segundo a Tamara, nessa hora minha boca foi ao chão), Palavra de Mulher da ópera etc. Gostei da seleção. O cenário é simples e chiquérrimo: uma barra de aço formando a silhueta do Rio fica mudando de cor de acordo com a luz que a ilumina. Hoje, por coincidência, tava comentando do show com o Vaks no carro, quando de repente passa o Chico andando na praia. O homi não morre tão cedo! Nós agradecemos.

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